ANIMAL 020
Os cole�pteros (Coleoptera) comp�em uma ordem muito diversa de insetos, entre os quais os mais populares s�o os besouros e as joaninhas. No entanto, essa ordem compreende tamb�m escaravelhos, gorgulhos entre outros. �Coleoptera� � uma palavra de origem grega, unindo koleos (estojo) e pteron (asas) que, em tradu��o livre, significa �estojo de asa�. Esse nome � explicado atrav�s da morfologia desses animais: o par de asas anteriores (externo) � esclerotizado e funciona como uma capa r�gida, conhecida como �litro, visando prote��o. O outro par de asas, posteriores e internas �s asas r�gidas, � mais delicado, membranoso, e serve para voar. A ordem Coleoptera possui o maior n�mero de esp�cies dentre todos os seres vivos � em torno de 350 mil[2] � sendo portanto o grupo animal que possui maior diversidade. Cole�pteros est�o presentes em uma imensa variedade de habitats todos os ambientes da Terra, � exce��o do oceano, onde t�m presen�a m�nima, embora eles ocorram em muitos litorais. Uma caracter�stica que teria contribu�do para o sucesso da ordem seriam os �litros (ver se��o morfologia), protegendo o par de asas com fun��o de voo quando este n�o est� em uso, e permitindo que estes animais ocupassem, como citado, os mais diversos ambientes.[3] Al�m da megadiversidade, a ordem Coleoptera apresenta grande variedade morfol�gica a depender do modo de vida de cada esp�cie. Morfologia externa[2][3][4][5] Serra-pau f�mea, Batus barbicornis Os cole�pteros s�o holomet�bolos, ent�o a estrutura corp�rea varia a depender da fase de vida que se � observada. As larvas de Coleoptera variam consideravelmente em forma e tamanho em diferentes fam�lias. Os adultos possuem uma morfologia comum, que inclui elementos encontrados em outras ordens de Insecta, como o exoesqueleto de quitina, dois pares de asas e um par de antenas, e tamb�m a divis�o do corpo em 3 partes: cabe�a, t�rax e abdome. A cabe�a � altamente esclerotizada, pode ou n�o apresentar olhos compostos (raramente apresentam ocelos) e com as pe�as bucais mandibuladas do tipo mastigador, geralmente opostas e movendo-se no plano horizontal (raramente sugadoras ou reduzidas). Em muitos t�xons, a regi�o frontal � alongada e configura uma esp�cie de �bico�, chamada rostro, no qual nas pontas mais terminais est�o localizadas as pe�as bucais. Vaga-lume, Cladodes sp., Lampyridae As antenas dos Coleoptera s�o ap�ndices cef�licos, principalmente �rg�os quimiorreceptores, que possuem diferentes estruturas sensoriais, sendo as mais comuns cerdas. Al�m da fun��o sensorial, alguns grupos podem utiliz�-las para quebrar a tens�o superficial da �gua (Hydrophilidae aqu�ticos), para corte (Melyridae, Meloidae) ou at� para combate (Laemophloeidae, Lucanidae). As antenas de Coleoptera t�m apenas tr�s segmentos verdadeiros: escapo, pedicelo e flagelo. Entretanto, os segmentos antenais, conhecidos como anten�meros, normalmente s�o 11; esse n�mero pode variar a depender do t�xon analisado, assim como a pr�pria morfologia da antena varia bastante dentro do grupo. Asas membranosas abaixo do �litro Perna anterior de Scaritinae J� no t�rax, os cole�pteros possuem geralmente prot�rax bem desenvolvido e livre, articulando-se separadamente do meso e metat�rax; esses �ltimos se apresentam fundidos, e essa estrutura � denominada pterot�rax. Ainda assim, esses segmentos s�o tratados separadamente, a fim de que o entendimento de suas respectivas asas seja facilitado. O metat�rax � bem desenvolvido, por estar conectado �s asas metator�cicas, enquanto o mesot�rax � mais reduzido. As pernas, que s�o ap�ndices tor�cicos, geralmente t�m perfil de adapta��o para corrida mas podem estar modificados para escava��o (Scarabaeidae, muitos Tenebrionidae), fazer t�neis em madeira (Bostrichidae, Scolytinae e Platypodinae: Curculionidae), nadar (Dytiscidae, Gyrinidae) ou saltar (Eucinetidae, Alticini: Chrysomelidae). A estrutura da perna � subdividida em coxa, troc�nter, f�mur, t�bia e tarso, sendo esses �ltimos a parte mais terminal. A forma e o grau de separa��o das coxas e o n�mero de tars�meros s�o caracteres de import�ncia taxon�mica. No t�rax existem tamb�m dois pares de asas, que est�o localizadas em partes distintas nele: o par de asas mesotor�cicas (anterior) altamente esclerotizadas e endurecidas (�litro) que n�o auxiliam no do voo mas conferem prote��o ativa e passiva, e o par metator�cico (posterior) geralmente presente, que em repouso permanece dobrado embaixo do �litro, sendo fr�gil e membranoso e o par respons�vel pelo voo. O �litro � um car�ter exclusivo de Coleoptera que confere prote��o �s asas posteriores, t�rax e abd�men. No macho, o abd�men normalmente tem 10 segmentos, sendo o d�cimo normalmente reduzido ou fundido ao nono e nas f�meas o abd�men costuma a ter 9 segmentos, sendo o nono o segmento genital. Quando adulto, podem atingir diferentes tamanhos a depender da fam�lia. Das linhagens viventes, a esp�cie Dynastes hercules pode chegar at� 16cm em tamanho, sendo considerado o maior exemplar da ordem. Em contrapartida, os indiv�duos da fam�lia Ptiliidae s�o os menores cole�pteros j� encontrados, com cerca de 0,5mm ou menos.