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levindocarneiro

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M U S I C A

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GUITAR ON IPAD

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ME MYSELF AND I

ME, MYSELF and I
episódio 1

ME, MYSELF and I
episódio 2

ME, MYSELF and I
episódio 3

ME, MYSELF and I
episódio 4

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Nasci em Belém do Pará, no meio do século 20, em 1950. Durante os 14 anos em que vivi lá, sempre acompanhava meu pai pelo interior da amazônia de hidroavião, de canoa, de barco a motor, pelos igarapés, rios e florestas, convivendo com índios, caboclos e americanos, em acampamentos flutuantes ao lado dos rústicos poços de petróleo, espalhados em pontos bem distantes da Floresta Amazonica. Aprendi a jogar golfe nas pistas dos DC3 [ avião bimotor ] nas margens dos acampamentos flutuantes, andava  pela floresta, nadava nos igarapés, deixando-me levar pela correnteza, capturava insetos que levava para meus trabalhos de ciências da escola, devidamente identificados em uma caixa de várias gavetas com tampos de vidro. As vezes à noite, nas viagens para o desconhecido, a tempestade fazia o avião pousar em campos de futebol, na mata, para esperar a calmaria... Fora o espetáculo dos peixes pulando para fora da superficie da água antes da chuva... Os indios ao redor ja pediam dolares para os técnicos americanos, que espantados e excitados, documentavam tudo. Lá comecei a entender o nada, e a observar tudo. 
As frestas de luz que rasgavam a escuridão embaixo das copas das árvores, faziam sombras nas folhas balançando teias de aranhas que brilhavam com as gotículas d’água da última chuva. Chuva que levava as formigas, os besouros e gafanhotos a correr de um lado pro outro, mudando seus ovos de lugar, para protegê-los da água. Os pássaros voavam para reconstruir seus ninhos. Ao cair da noite, os ruídos e as sombras feitas pelo fogo das velas, das fogueiras, e pela luz da lua (sem interferência da poluição) nas folhas, na terra e na água, estimularam minha curiosidade pelo acaso, pelo irracional, pelo novo, pelo lúdico, pelo absurdo, pelo poder das imagens com suas inúmeras interpretações. E claro , pelo DNA alterado...

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