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SOMBRA 22

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Os camelos (Camelus) constituem um género de ungulados artiodáctilos (com um par de dedos de apoio em cada pata) que contém duas espécies: o camelo-árabe, camelo-doméstico ou dromedário [1] (Camelus dromedarius), de uma corcova, e o camelo-bactriano (Camelus bactrianus), de duas corcovas.[2] Ambos são nativos de áreas secas e desérticas da Ásia. Ambas as espécies são domesticadas, fornecendo leite e carne para consumo humano, e são animais de tração. Humanos têm domesticado camelos há milhares de anos.[3]

O nome camelo vem do grego kamelos a partir do hebraico ou fenício gāmāl, "camelo", possivelmente a partir de uma raiz que significa suportar ou carregar (relacionado com o árabe jamala).[4] Espécies extintas do gênero foram o Camelus hesternus, Camelus gigas e Camelus sivalensis.

Os camelos são aparentados (possuem a mesma família) a quatro espécies de mamíferos sul-americanos: a lhama, a alpaca, o guanaco e a vicunha.

As evidências fósseis indicam que os ancestrais dos camelos modernos evoluíram na América do Norte durante o período Paleogeno, os Camelops, e depois se espalhou para vários lugares da Ásia e Norte da África. Povos antigos da Somália, os Punts, domesticaram primeiros camelos muito antes de 2000 a.C..[5]

Mesmo com a existência de mais de 13 milhões de dromedários hoje, eles foram extintos como animais selvagens. Há, porém, uma população selvagem considerável de cerca de 32 000 que vivem nos desertos da Austrália central, descendentes de indivíduos que escaparam no século XIX.[6]

Descrição

A expectativa média de vida de um camelo é de 40 a 50 anos. Um camelo adulto plenamente crescido alcança os 1,85 m até o ombro e 2,15 m de comprimento. A corcova mede cerca de 75 cm. Camelos podem alcançar até os 65 km/h.[7]

São instrumentos de travessia no deserto pois não necessitam ficar bebendo água a todo momento e constituem o transporte mais rápido pois os camelos são animais preparados para o deserto. Ambos são animais herbívoros. O coletivo de camelos é cáfila. Quando se sentem ameaçados por outros indivíduos, geralmente cospem no sujeito em questão, em situações extremas podem morder.[8]

Genética

Os cariótipos de diferentes espécies de camelídeos foram estudados anteriormente por muitos grupos,[9][10][11][12][13][14] mas não se chegou a nenhum acordo sobre a nomenclatura de cromossomos de camelídeos. O estudo mais recente usou cromossomos de variados camelos, construindo sem dúvida o cariótipo do camelo (2n=74) que consiste de um metacêntrico, três submetacêntricos e 32 autossomos acrocêntricos. O Y é um cromossomo metacêntrico pequeno, enquanto que o X é um cromossomo metacêntrico grande.[15]

Distribuição

 
População selvagem em Gobi.

Os 14 milhões de dromedários hoje vivos são animais domesticados (a maioria vivendo no Chifre da África, no Sahel, Magrebe, Oriente Médio e Sul da Ásia). Nesta região tem a maior concentração de camelos do mundo, onde os dromedários constituem uma parte importante da vida nômade local.[16]

Já os camelos bactrianos são menos, cerca de 1,4 milhões deles, principalmente domésticos. Pensa-se que existem cerca de 1.000 camelos selvagens bactrianos no deserto de Gobi, na China e na Mongólia.

Além de sua distribuição nativa original, houve diversas tentativas de implantação de colônias de camelos em outros locais, assim como sua importação para usos comerciais ou turísticos. Essa prática é conhecida desde o Império Romano, com resquícios de camelos, tanto dromedários, como bactrianos, sendo encontrados desde o século I até o século V em diversos locais das Europa: Reino Unido, Bélgica, Suíça, Hungria, França e Alemanha.[17]

Austrália

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